O cenário ainda está longe do ideal e gera cada vez mais preocupações. O governador do RS, Eduardo Leite, anunciou o retorno do sistema de cogestão e novas determinações para o funcionamento de atividades gerais nesta sexta-feira (19). A partir de segunda-feira (22), os bares e restaurantes poderão atender presencialmente até às 18h nos dias de semana. Nos finais de semanas e feriados, todas as atividades estão proibidas, com exceção de supermercados, farmácias e comércio de materiais de construção. A Associação de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel no RS) entende que as medidas precisam ser ampliadas para atender as necessidades do setor. “As determinações deveriam considerar às pessoas que trabalham no jantar e a importância do sábado e domingo”, explica Maria Fernanda Tartoni, presidente da Abrasel no RS. “Precisamos da possibilidade de trabalhar à noite e nos finais de semana de semana. Dessa forma, muitos estarão condenados à falência”, alerta a presidente da entidade.
Após um longo período fechado e com interrupções no atendimento presencial, o ramo de gastronomia é um dos mais afetados. Em média, o faturamento caiu pela metade em relação ao período anterior à pandemia. Sem poder receber clientes desde 27 de fevereiro, a queda de rendimento foi ainda maior. A Abrasel estima que muitos estabelecimentos faturaram entre 25 a 30 % em comparação com serviço presencial.
“As flexibilizações precisam ajudar de fato o setor e dar segurança para trabalharmos”, defende Maria Fernanda, que completa, “É importante ter continuidade, sem interrupção daqui algumas semanas e com um planejamento para ampliar na sequência”, afirma. “Não adianta abrir agora e de forma precária ou ter a expectativa de retomada da economia e voltar ao abre e fechar em seguida”, pontua.
Além da ampliação nas flexibilizações, a Abrasel aguarda medidas econômicas para enfrentar o momento que o segmento vive. Providências como isenção de impostos e parcelamento de dívidas são fundamentais diante da crise. “Se é necessário fechar, nos ajude financeiramente para atravessar o período que não podemos abrir”, ressalta a presidente da entidade.